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Ação Social da Inspetoria Madre Mazzarello promove formação nacional em Rede sobre os 35 anos do ECA

O evento conectou mais de 200 participantes das Obras Sociais Salesianas do Brasil e reforçou o compromisso coletivo de transformar direitos em vida.

Na manhã desta segunda-feira, 4 de agosto, a Inspetoria Madre Mazzarello-BMM realizou um momento formativo on-line que ampliou-se e tornou-se um Encontro com a participação das Inspetorias dos Salesianos e Salesianas, fortalecendo assim, a Rede Salesiana Brasil. Foi uma manhã de intensa reflexão e compromisso conjunto. 

O tema trabalhado pelo Pe. Agnaldo,  foi: “35 Anos do ECA: a Voz da Criança e do Adolescente. Nossa Missão é Transformar Direitos em Vida.” A partir da proposta, o evento convidou os/as participantes a refletirem sobre como transformar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em um instrumento vivo, presente na prática diária das Obras Sociais.

Abertura com Esperança e Propósito

A Ir. Silvia Aparecida, Diretora Executiva da Rede Salesiana Brasil e Coordenadora Nacional da Ação Social, abriu o encontro destacando a beleza e a força do engajamento nacional em torno de um tema tão urgente. Logo depois, a Ir. Dircione da Glória Amorim, Coordenadora Inspetorial de Ação Social da BMM, conduziu a oração inicial, inspirando os participantes a refletirem sobre o Jubileu da Esperança e a certeza de que “a esperança não confunde.”


O ECA como Missão Concreta nas Obras 

A formação foi conduzida pelo Pe. Agnaldo Soares Lima, SDB, Referente da Ação Social da ISSP. Ele possui conhecimento, atuação ativa e é um exímio defensor dos direitos das crianças e adolescentes. Iniciou com uma fala direta e desafiadora:

“Ninguém está eximido de se comprometer para que o que está previsto no ECA se torne realidade. Precisamos de um trabalho articulado, em que todos estejam envolvidos e comprometidos ao mesmo tempo, para garantir uma realização integral.”

O padre também ressaltou a necessidade de presença qualificada nos espaços de decisão pública, enfatizando a importância de gestores com poder real de decisão nos Conselhos de Direitos.

Enquanto o tema era aprofundado, participantes de diferentes regiões do Brasil partilharam no chat como o ECA é fundamental em suas práticas. As contribuições revelaram que, mais do que um documento legal, o Estatuto é a base cotidiana para ações de proteção, educação e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Vozes que Confirmam a Relevância do Tema

 

Para Carolina Neves, o ECA “dá base legal para atuação, orientando políticas, projetos e serviços que assegurem proteção e convivência familiar”. Essa percepção foi complementada por Ir. Dircione Gonçalves Amorim, que destacou a necessidade de uma mudança de mentalidade: “Precisamos tratar as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos.”

Em diversas falas, ficou evidente a preocupação com a efetiva aplicação dos princípios do ECA nas práticas das Obras. Rosilaine Moreira de Aquino apontou que o Estatuto “norteia as posturas dos profissionais e como pensamos propostas de maneira coerente”. Já Maria Helena Francatto lembrou que a atuação nos Conselhos de Direitos deve ser um compromisso ativo de todos os educadores e gestores.

Desafios que Exigem Mobilização Coletiva

O encontro também foi espaço para que as dificuldades do dia a dia fossem partilhadas e refletidas. Um ponto recorrente foi a fragilidade das redes de proteção, a desarticulação entre os atores sociais e o desconhecimento, por parte das famílias, acerca dos direitos de crianças e adolescentes.

Carlos Nambu, Assessor e Representante da RSB nos conselhos, provocou uma reflexão sobre a necessidade de ressignificar a luta por políticas públicas. “O ECA é fundamental na nossa base, mas os desafios quanto à prioridade absoluta nas políticas públicas exigem uma caminhada que materialize essa luta em financiamento e ações concretas.”

Outros participantes, como Amanda Murgo, relataram as dificuldades em articular a rede pública localmente, enquanto Rosângela Barbosa alertou que a luta pela efetivação dos direitos deve ser diária, já que “as violações continuam a ocorrer cotidianamente em diferentes frentes.” 

 

Um Encontro que Reforça a Missão

O encerramento da formação foi marcado por um clima de gratidão e compromisso renovado. Diversas mensagens expressaram a importância de continuar fortalecendo espaços formativos e ampliando o alcance da Rede Salesiana na defesa integral da infância e juventude.

Lorena Fonseca, do CESAM-ES, sintetizou o sentimento comum: “Agradeço ao Pe. Agnaldo e a toda a equipe pela riqueza do conteúdo abordado. Foi uma manhã de muito aprendizado.”

Outros participantes, como Giselle Ferreira, reforçaram que o ECA é um instrumento que “nos ajuda a olhar cada criança como alguém único”, enquanto Rosângela Cruz, do CESAM Goiânia, destacou que ao incorporar o ECA nas práticas diárias, os profissionais tornam-se “agentes mais conscientes, preparados e comprometidos com uma sociedade mais justa e protetora da infância e juventude.”

O evento reafirmou que transformar direitos em vida exige mais do que conhecer a legislação: exige ação conjunta, articulação em rede e um olhar atento à realidade de cada criança e adolescente. A “tenda foi ampliada” e a missão segue viva!

Por Equipe de Comunicação da Inspetoria Madre Mazzarello-BMM

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